![](https://invitro.com.br/wp-content/themes/newthemeinvitro/assets/img/Blog_banner.jpg)
A Infecção Sexualmente Transmissível possui a sigla IST, antigamente era denominada como Doença sexualmente transmissível -DST. A modificação ocorreu porque destaca a possibilidade de uma pessoa possuir e transmitir uma infecção, mesmo sem sintomatologia.
São causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Sua transmissão ocorre através do contato sexual, com uma pessoa infectada, podendo ser vaginal, oral ou anal, sem o uso de preservativo. Também pode acontecer durante a gestação, parto ou amamentação e eventualmente por contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.
Na maioria dos casos apresentam fases sem sintomatologia, ou quando apresentam sintomas, podem aparecer após um amplo período da infecção inicial e variam de acordo com a doença. Também podem se manifestar através de feridas, corrimentos, verrugas, entre outros.
Principais Infecções Sexualmente Transmissíveis
|
|
Causada pelo vírus do herpes simples (HSV), essa doença causa lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos. Devido a ocorrência de reinfecção do vírus, é de extrema importância o uso de preservativos em todas as relações sexuais, pois, inicialmente a doença pode não apresentar sintomas.
Existem dois tipos de HSV:
A infecção cruzada do tipo 1 e 2 pode acontecer caso haja contato oral-genital. O período de incubação pode variar de 10 a 15 dias após o contato com o vírus, sua transmissão ocorre mesmo na ausência das lesões cutâneas ou quando elas já estão cicatrizadas.
É uma infecção causada através da bactéria Neisseria gonorrhoeae. Infectando principalmente o trato genital inferior e em alguns casos o reto, faringe e a conjuntiva. Após cinco dias da contaminação, normalmente, os sintomas começam a surgir, sendo eles: corrimento purulento, ardência ao urinar, inflamação na ponta do pênis, no orifício da uretra. Nem sempre há presença de sintomatologia, dessa forma a doença só é descoberta através dos exames de rotina. O diagnóstico laboratorial ocorre através do isolamento por cultura.
Causada pela bactéria Treponema pallidum e é caracterizada como uma enfermidade sistêmica, devido ao patógeno atingir a corrente sanguínea após infectar o organismo.
– Estágio primário: Período de incubação da doença, que varia de duas a quatro semanas. Podem aparecer aftas, inflamação dos gânglios linfáticos e feridas nas genitais
– Estágio secundário: Paciente pode ter erupções cutâneas. Sem tratamento elas continuam reincidentes de dois a três anos. Pode ocorrer queda de cabelo, inflamação nos gânglios linfáticos e olhos, aftas.
– Estágio terciário: Entre o terceiro e quinto ano após a infecção, se não tratada, a doença começa a afetar as mucosas, pele, ossos, pode causar cegueira, afetar vísceras e sistemas cardiovascular e nervoso central.
A transmissão ocorre principalmente através do contato sexual. Nos estágios primário e secundário da infecção, o contágio é maior, sendo reduzido gradativamente conforme ocorre a progressão da doença. A sífilis não confere imunidade permanente, dessa maneira pode ocorrer a reinfecção.
O Papilomavírus Humano – HPV, é um vírus que infecta pele ou mucosas sendo elas oral, genital ou anal. Na maior parte dos casos não apresenta sintomas o que aumenta significativamente as chances de ser transmitida. Os principais sintomas que podem ocorrer são, ardência ao urinar, coceira nas regiões genitais e verrugas. O HPV pode permanecer latente de meses a anos, sem manifestar sinais ou apresentar manifestações subclínicas. A transmissão ocorre principalmente através do contato sexual.
A hepatite é um termo que indica inflamação no fígado, é uma doença viral, com quadro clínico infeccioso, adquirida através do contágio com um agente transmissível.
Hepatite B , causada pelo Vírus da Hepatite B (HBV), pertencente à família Hepadnaviridae, seu ciclo de transmissão ocorre via parenteral e via sexual, uma vez que o vírus está presente no sangue, sêmen e secreções vaginais, podendo ser facilmente transmitido para outra pessoa durante a relação sexual desprotegida.
Hepatite C, causada pelo vírus VHC (Vírus da Hepatite C) pertencente ao gênero Hepacivirus, família Flaviviridae. De maneira oposta aos demais vírus que causam hepatite, o vírus HCV não gera uma resposta imunológica adequada no organismo, dessa maneira faz com que a infecção aguda seja menos sintomática, mas também com que a maioria das pessoas que se infectam se tornem portadores de hepatite crônica, com suas consequências a longo prazo. Sua transmissão ocorre via parenteral, o diagnóstico precoce amplia a eficácia do tratamento, porém, a infeção aguda pelo vírus da hepatite C habitualmente não origina sintomas e, por este motivo, raramente é diagnosticada precocemente
O vírus da imunodeficiência humana, mais conhecido como HIV, é caracterizada pelo enfraquecimento do sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo. Atualmente existem dois tipos de vírus, o HIV-1 e HIV-2, tendo muitas semelhanças como, modo de transmissão, manifestação clínica e replicação, tendo como principal diferença o local onde são mais frequentes.
Clinicamente, a infecção pelo HIV é dividida em três fases: aguda, assintomática e de latência clínica e AIDS.
Diagnóstico
Desse modo, concluímos que o diagnóstico antecipado e o tratamento adequado, melhoram significativamente a qualidade de vida do paciente e interrompem o ciclo de transmissão. Para um melhor diagnóstico é realizado a anamnese, testes rápidos de triagem, a identificação das variáveis vulnerabilidades e o exame físico. Após a conclusão é realizado o tratamento de acordo com a IST apresentada pelo paciente.
Referências Bibliográficas:
Ministério da Saúde. Departamento de
Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. O que são hepatites virais? Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-hepatites-virais>. Acesso em: 31 de janeiro de 2019.
Ministério da Saúde. HPV: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv>. Acesso em: 02 de agosto de 2019.
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico. Hepatites Virais 2018. Ano VI – nº 01.
Michelin, L.; Levi, M.; Andrade, J.; Ballalai, I.; Succi, R.; Kfouri, R.; Richtmann, R. Sociedade Brasileira de Infectologia. Guia de Imunização SBIm/SBI. 2016-2017.
Ministério da Saúde. Hepatite B. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hepatite>. Acesso em: 16 de outubro de 2018.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde.Boletim Epidemiológico da Sífilis, v. 47, n. 35, p. 3-29, 2016. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2016/boletim-epidemiologico-de-sifilis-2016. Acesso em: 12 set. 2018.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde.Boletim Epidemiológico HIV/AIDS, v. 10, n. 1, p. 3-60, 2017. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2017/boletim-
79Em Extensão, Uberlândia, v. 18 n. 1, p. 63-80, jan./jun. 2019.epidemiologico-hivaids-2017. Acesso em: 12 set. 2018
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist/sintomas-das-ist. Acesso em: 29 ago. 2018.
SANTOS, S. M. J.; RODRIGUES, J. A.; CARNEIRO, W. S. Doenças sexualmente transmissíveis: conhecimento de alunos do ensino médio. DST – Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Rio de Janeiro,v. 21, n. 2, p. 63-68, 2009. Doi: 10.1590/0104-07072017005100015
não perca as novidades!