InviNEWS – Automação Laboratorial

17 Jan

Introdução

Automação Laboratorial

Nos últimos anos o laboratório de análises clínicas vem sendo o setor de assistência à saúde que sofre maior impacto dos avanços da pesquisa biomédica. Uma variedade e qualidade de testes laboratoriais vem sendo oferecidos cada vez mais aos médicos e profissionais da área da saúde.

Para obter a melhora de todo o processo laboratorial a implantação da automação no laboratório clínico com a utilização de novas tecnologias garante uma maior otimização dos resultados, agilidade no tempo de entrega dos laudos, diminuição de erros, aumentando os níveis de segurança para os pacientes, além de promover maior velocidade na produção e aumento da produtividade no setor laboratorial. 

Importância da automação laboratorial

O processo de automação dos Laboratórios Clínicos traz inúmeros benefícios a este setor, permitindo um ganho essencial na qualidade dos resultados, gerando um aumento de produtividade, com queda significativa dos custos operacionais e diminuição do tempo de atendimento total, o qual corresponde ao intervalo de tempo que vai desde a coleta do material, passando pela fase de processamento da amostra, até a liberação do resultado.

A confiabilidade dos resultados de exames de laboratório se deve em grande parte a evolução destes métodos de automação laboratorial. A automatização eleva o grau de segurança e confiabilidade dos resultados, pois reduzem significamente a interferência de técnicas manuais, as quais podem conter um componente maior de variação dos resultados obtidos.

Os resultados de exames laboratoriais contribuem para a assistência e diagnóstico médico de forma decisiva. Grande parte das condutas clínicas, em torno de 65 a 70%, é tomada a partir de pequenas alterações nos dados laboratoriais, exigindo dos laboratórios uma qualidade maior e melhor dos processos de análises dessas amostras para obter cada vez mais resultados mais confiáveis.

Para garantir esse elevado grau de confiabilidade dos exames de laboratório, o processo de evolução dos métodos laboratoriais vem ganhando cada vez uma importância significativa.

Um dos grandes desafios do laboratório clínico é minimizar o efeito das inúmeras variáveis que podem interferir no resultado do teste. Para garantir a realização com qualidade de um exame laboratorial, o processo de análise foi dividido em três fases distintas: pré-analítica, analítica e pós-analítica.

Fase pré-analítica

Processo que antecede à realização da análise laboratorial. Essa etapa compreende a preparação do paciente, coleta da amostra, manipulação e transporte das amostras e materiais biológicos. Estas são etapas fundamentais que garantem a qualidade das amostras a serem analisadas.

Fase analítica

A fase analítica, segunda fase dos exames laboratoriais, é a fase de processamento do material coletado. Nesta fase é iniciado o processo de análise de acordo com o sistema de automação existente no laboratório. A qualidade de liberação de todos os resultados depende muito dos processos analíticos empregados.

Para garantir a obtenção de resultados de pacientes confiáveis e seguros, a automação laboratorial empregada deve preencher alguns requisitos básicos, que estão relacionados ao desempenho do método. O equipamento utilizado deve possuir alguns requisitos importantes, como: exatidão, recuperação, robustez, precisão, medida de branco da reação, sensibilidade e limite de detecção.

Exatidão: É a capacidade do método em apresentar resultados próximos do valor verdadeiro, ou seja, a exatidão é a concordância entre o valor medido de um analito e seu valor real.

Recuperação: É a capacidade de um método analítico medir um analito corretamente, quando uma quantidade conhecida de analito é adicionada à amostra

Robustez: Provê um desempenho confiável consistente quando diferentes operadores o realizam com diferentes lotes de reagentes, por um longo período

Precisão: Revela a capacidade do método de, em determinações repetidas numa mesma amostra, fornece resultados próximos entre si.

Medida de branco de reação: Este parâmetro pode ser obtido experimentalmente pela medida de uma solução de reagentes sem a presença da amostra

Sensibilidade e limite de detecção: a sensibilidade analítica refere-se à capacidade de um procedimento analítico em gerar um sinal para uma definida mudança de quantidade e o ângulo de inclinação da curva de calibração. Já o limite de detecção refere-se a menor concentração ou quantidade que um método pode detectar com certeza para um dado procedimento analítico. Os dois termos são relacionados à sensibilidade do método analítico.

Calibração

Para garantir que tenhamos equipamentos de automação em condições perfeitas para uso clínico, precisamos realizar algumas verificações importantes antes de liberação para análise. O processo deve ser calibrado para termos resultados confiáveis, exatos e precisos.

A calibração é a transferência da exatidão de um material calibrador para um método ou sistema analítico. Este valor representa a confiabilidade de estarmos medindo com um instrumento fiel ao valor verdadeiro quando comparado a um padrão de referência.

O intervalo de calibração é o intervalo de tempo ou séries de medidas durante o qual a calibração pode ser considerada estável dentro de limites especificados. A calibração deve ser realizada por recomendação do fabricante do produto ou analisador, na mudança de lotes dos reagentes, nas indicações do controle de qualidade e sempre após manutenções realizadas no analisador.

Controle de Qualidade

A análise diária de controle de qualidade interno ou material de referência, com concentração conhecida, é responsável pelo monitoramento da reprodutibilidade da fase analítica. Mantendo a variabilidade do processo de análise sob controle, identificando dessa forma quaisquer desvios de qualidade do processo e eliminando as causas desses erros, garantindo dessa forma qualidade e confiabilidade de todo o processo de automação empregado.

Um sistema de Controle da Qualidade quando corretamente aplicado, proporciona:

  • Meios de medir e comparar a imprecisão de métodos, material de medição e instrumentos de trabalho.
  • Indicação de inexatidão por introdução de erros sistemáticos.
  • Detecção de erros aleatórios.
  • Registro contínuo, visível e permanente dos resultados e ações.
  • Indicação das medidas corretivas e preventivas a serem tomadas, quando um resultado aparece fora de controle.

A finalidade do Controle da Qualidade é verificar e manter a precisão, exatidão, confiabilidade e segurança contínua dos métodos utilizados no laboratório de análises.

A figura abaixo mostra as diversas situações encontradas ao avaliar uma metodologia em um laboratório clínico:

Após a obtenção dos resultados, seguindo todos os cuidados mencionados, temos a terceira fase do processo que á a fase pós analítica.

A fase pós-analítica, última etapa dos exames laboratoriais, inclui a verificação das análises realizadas na fase analítica, com o envio dos resultados ao médico para que seja tomada a decisão clínica de cada caso.

Porque automatizar a rotina laboratorial

Os exames de bioquímica constituem o maior percentual dos testes realizados no laboratório de análises clínicas. Por ser a grande rotina dos laboratórios, faz-se necessária a evolução dos sistemas para dosagens bioquímicas.

A definição dos equipamentos a serem utilizados deve estar sempre alinhada ao tipo de automação a ser implementada em cada laboratório.

Alguns parâmetros devem ser observados em um processo de automação laboratorial:

Os principais parâmetros a serem determinados são referentes a:

  • Capacidade e velocidade de produção do equipamento
  • Tempo e necessidade de manutenção
  • Estabilidade das calibrações,
  • Modo de utilização de controles
  • Metodologias disponíveis
  • Preparação de reagentes
  • Quantidade de reagentes que podem ser abastecidos no equipamento
  • Tempo de estabilidade de reagente on board
  • Gerenciamento de reagentes e processamento de amostres em tempo real
  • Consumo mínimo de água durante a rotina

Também deve ser avaliado na escolha da automação, equipamentos que auxiliam na resolução dos dilemas relativos à amostra. Os equipamentos devem ter a presença de sensores que detectam o nível de líquido, presença de coágulos na amostra, possibilidade de rastrear o volume de amostras, associada à remoção de bolhas no sistema de pipetagem, e ainda permitir a utilização de adaptadores para o uso de tubos de microcoleta, com volumes reduzidos de amostras.

Realizar a implementação da automação laboratorial vem sendo cada vez mais imprescindível para todos os modelos de laboratórios, tanto de pequeno, médio e grande porte. Processos automatizados garantem a melhora do fluxo de trabalho, aumentando os níveis de segurança para os pacientes, minimizando-se os erros na fase analítica, promovendo maior velocidade na produção e aumento da produtividade no setor laboratorial.

A In Vitro Diagnóstica possui uma linha completa de equipamentos de bioquímica para automação laboratorial

InviStar 150 e InviStar 300 mais nova Linha de automação em bioquímica da In Vitro

Analisador de acesso randômico ideal para laboratórios de pequeno e médio porte

  • Analisadores bioquímicos automatizados com sistema aberto
  • Acesso randômico e STAT
  • Até 150 testes/hora e até 300 testes/hora
  • Monitoramento em tempo real da curva de reação, curva do teste de calibração e curva do teste de CQ
  • Sistema automático de lavagem
  • Refrigeração de reagentes
  • 40 posições de reagente e 40 de amostras
  • Carregamento contínuo
  • Leitor de código de barras para amostras interno (opcional) para o InviStar 150
  • Leitor de código de barras para amostras interno para o InviStar 300
  • Detector capacitivo de nível de líquido
  • Detector de choque de agulha
  • LIS Bi-direcional
  • Software amigável
  • Compatível com Windows
  • Touchscreen (opcional)

Principais características do analisador InviStar 150

Bandeja de Amostra/ Reagente

  • Bandeja removível
  • Refrigeração de 4 – 12 ° C

Reagentes

  • 40 posições

– 20 posições para frascos de 30 mL

– 20 posições para frascos de 15 mL

  • 1 posição fixa para água DI

Amostras

•       Tubos primários e cubetas

•       40 posições

•       1 posição fixa para água DI

•       Leitor de código de barras interno opcional

•       Leitor de Código de barras externo opcional

•       Pré-diluição e pós-diluição

•       Volume mínimo: 2 μl

Estação de Lavagem

  • Ciclo com 6 etapas de lavagem
  • 2 Soluções de limpeza
  • Containers de líquido com sensores de nível
  • Consumo de água < 2 L/ h no InviStar 150
  • Consumo de água < 5 L/h no InviStar 300
  • Lavagem automática das cuvetas
  • Lavagem automática da agulha do interior e exterior

 

Controle de Qualidade

  • Regras Múltiplas de Westgard; Levey-Jennings – monitoramento em tempo real
  • Twin-Plot QC.

– Reflete com sensibilidade erros sistemáticos e aleatórios.

  • Soma acumulada de dados.

 

Metodologias

  • Ponto final, Cinético de dois pontos, Cinético
  • Turbidimetria
  • Calibrações lineares e não-lineares

HumaStar 200 automação em bioquímica da In Vitro

Analisador de acesso randômico ideal para laboratórios de pequeno e médio porte

Características do sistema – Humastar 200

  • Aberto com acesso randômico
  • Estação de lavavem com várias etapas
  • Tubos primários
  • Cubetas de amostra
  • Refrigeração de reagentes
  • 30 posições de reagente e 60 de amostras
  • Leitor de código de barras para amostras inter Não
  • Detector de choque de agulha
  • LIS Bi-direcional (ASTM)
  • Carregamento contínuo
  • Touchscreen
  • Ciclo com 8 etapas de lavagem
  • 2 Soluções de limpeza
  • Sensor de nível para todos os containers
  • 6 vs. 8 agulhas de lavagem
  • Consumo de água de somente 8 mL por teste
  • 000 testes com 80 cuvetas
  • -> Custo baixo de consumíveis
  • Analisador aberto
  • Até 200 testes hora
  • Bandeja de reagente removível
  • Refrigeração de reagentes
  • 30 posições)
  • 4 tipos diferentes de frascos

Características de operação

  • Pipetagem
  • – volume de amostra: 2 – 300 uL
  • – volume de reagente: 5 – 350 uL
  • – homogeneização por meio da agulha de amostra durante a dispensação

Reagentes

  • – verificação do nível de reagente antes da inicialização
  • – frascos múltiplos de reagentes por método on board

Gerenciamento de manutenções

  • Os icones de manutenções ficam separados por perídos especificos: manutenções diárias, semanais e mensais
  • Gerenciamento de troca de soulção de limpeza e wash additive: troca monitorada pelo software do equipamento
  • Acesso ao local da verificação de horas/uso da lâmpada e acesso a troca da mesma pelo software

HumaStar 600 automações em bioquímica da In Vitro

HumaStar 600 – Uma ferramenta poderosa para uma carga de trabalho grande

Características do sistema – Humastar 600

Rápido – Fácil – Confiável

  • Até 600 testes/hora
  • Máximo de 770 testes/hora incluindo ISE
  • Software sofisticado e intuitivo
  • Sistema de código de barras para os packs de reagentes
  • Confiabilidade comprovada (interna e externamente)

Pontos Técnicos

  • 2 braços de pipetagem independentes com pré-aquecimento dos reagentes com sensor de colisão vertical e horizontal.
  • 2 bandejas com capacidade para 80 cuvetas reutilizáveis cada
  • 6 estágios de lavagem das cuvetas
  • 12 comprimentos de onda de 340 a 750 nm
  • 5 setores de amostra com capacidade para 19 amostras cada (tubos primários ou cubetas de amostra)
  • Bandeja de reagentes refrigerada para 48 frascos

Desenvolvido para ser confiável

  • Detecção de coágulo – sem falso resultado agulha
  • Interface USB – sem requisitos especiais para o PC
  • Compatível com Windows XP e Vista – para sistemas de operação atuais
  • Menu dirigido por ícones intuitivos – minimiza o treinamento do operador
  • Gerenciamento de inventário inteligente – você sempre sabe o status do reagente
  • N°. Lote relacionado com a calibração – elimina erros de calibração
  • Diluição automática de padrões – sem preparação manual entupida devido a coágulo

Altamente econômico

  • Cuvetas de reação semi-descartáveis
  • -> até 1.000 testes/cuveta
  • Kits com tamanho adaptado
  • Lâmpada com tempo de vida longo
  • Calibração estabilidade dos reagentes on-board longas
  • Manutenção necessária mínima, 5 minutos por dia
  • Consumo baixo de água
  • -> 4 L/hora

Sistema de Reagentes – Conceito

  • Sistema Fechado
  • Tudo já está programado – nenhum gerenciamento de aplicação é necessário
  • O analisador reconhece os kits automaticamente
  • Gerenciamento automático do reagente: Fácil manuseio
  • Segurança: Pronto para uso
  • Estabilidade on-board: 60 ou 28 dias
  • Estabilidade da calibração: 60 ou 28 dias
 

Considerações finais

A utilização de equipamentos automatizados em laboratórios de análises clínicas tem como principal ideal a otimização de processos, garantindo a eficiência e qualidade de todos os resultados liberados, aumentando a satisfação e confiabilidade no laboratório.  Resultados liberados de formas mais eficientes, claras e com maior número de informações fornecem ao médico uma segurança maior nas tomadas de decisão.

A In Vitro Diagnóstica se preocupa em trazer cada vez mais melhores soluções para a área laboratorial, investindo em novos equipamentos de automação laboratorial com novas tecnologias que são capazes de garantir mais praticidade, rapidez, economia, equipamentos mais eficientes, seguros e com maior qualidade de análises.

 

Elaborado por: Daniele Dutra – Assessoria Científica

 

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

MENDES M.E. et al. Gestão por processos no Laboratório Clínico: uma abordagem Prática. São Paulo: EPR Editora, 2007
Campana GA, Oplustil CP. Conceitos de automação na medicina laboratorial: revisão de literatura. J Bras Patol Med Lab. 2011;47(2):119-27.
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML). Automação laboratorial: histórico, seleção, implantação e gestão. Barueri, SP: Manole, 2018
SILVA, A. A. B. Evolução da Automação em Bioquímica. VIII Simpósio de Pesquisa. XII SEMIC – Seminário de Iniciação Científica da UNIFENAS 23 a 25 de outubro de 2013.
Campana GA, Oplustil CP, Faro LB. Medicina Laboratorial • J. Bras. Patol. Med. Lab. 47 (4) • Ago 2011 

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