Introdução
Automação Laboratorial
Nos últimos anos o laboratório de análises clínicas vem sendo o setor de assistência à saúde que sofre maior impacto dos avanços da pesquisa biomédica. Uma variedade e qualidade de testes laboratoriais vem sendo oferecidos cada vez mais aos médicos e profissionais da área da saúde.
Para obter a melhora de todo o processo laboratorial a implantação da automação no laboratório clínico com a utilização de novas tecnologias garante uma maior otimização dos resultados, agilidade no tempo de entrega dos laudos, diminuição de erros, aumentando os níveis de segurança para os pacientes, além de promover maior velocidade na produção e aumento da produtividade no setor laboratorial.
Importância da automação laboratorial
O processo de automação dos Laboratórios Clínicos traz inúmeros benefícios a este setor, permitindo um ganho essencial na qualidade dos resultados, gerando um aumento de produtividade, com queda significativa dos custos operacionais e diminuição do tempo de atendimento total, o qual corresponde ao intervalo de tempo que vai desde a coleta do material, passando pela fase de processamento da amostra, até a liberação do resultado.
A confiabilidade dos resultados de exames de laboratório se deve em grande parte a evolução destes métodos de automação laboratorial. A automatização eleva o grau de segurança e confiabilidade dos resultados, pois reduzem significamente a interferência de técnicas manuais, as quais podem conter um componente maior de variação dos resultados obtidos.
Os resultados de exames laboratoriais contribuem para a assistência e diagnóstico médico de forma decisiva. Grande parte das condutas clínicas, em torno de 65 a 70%, é tomada a partir de pequenas alterações nos dados laboratoriais, exigindo dos laboratórios uma qualidade maior e melhor dos processos de análises dessas amostras para obter cada vez mais resultados mais confiáveis.
Para garantir esse elevado grau de confiabilidade dos exames de laboratório, o processo de evolução dos métodos laboratoriais vem ganhando cada vez uma importância significativa.
Um dos grandes desafios do laboratório clínico é minimizar o efeito das inúmeras variáveis que podem interferir no resultado do teste. Para garantir a realização com qualidade de um exame laboratorial, o processo de análise foi dividido em três fases distintas: pré-analítica, analítica e pós-analítica.
Fase pré-analítica
Processo que antecede à realização da análise laboratorial. Essa etapa compreende a preparação do paciente, coleta da amostra, manipulação e transporte das amostras e materiais biológicos. Estas são etapas fundamentais que garantem a qualidade das amostras a serem analisadas.
Fase analítica
A fase analítica, segunda fase dos exames laboratoriais, é a fase de processamento do material coletado. Nesta fase é iniciado o processo de análise de acordo com o sistema de automação existente no laboratório. A qualidade de liberação de todos os resultados depende muito dos processos analíticos empregados.
Para garantir a obtenção de resultados de pacientes confiáveis e seguros, a automação laboratorial empregada deve preencher alguns requisitos básicos, que estão relacionados ao desempenho do método. O equipamento utilizado deve possuir alguns requisitos importantes, como: exatidão, recuperação, robustez, precisão, medida de branco da reação, sensibilidade e limite de detecção.
Exatidão: É a capacidade do método em apresentar resultados próximos do valor verdadeiro, ou seja, a exatidão é a concordância entre o valor medido de um analito e seu valor real.
Recuperação: É a capacidade de um método analítico medir um analito corretamente, quando uma quantidade conhecida de analito é adicionada à amostra
Robustez: Provê um desempenho confiável consistente quando diferentes operadores o realizam com diferentes lotes de reagentes, por um longo período
Precisão: Revela a capacidade do método de, em determinações repetidas numa mesma amostra, fornece resultados próximos entre si.
Medida de branco de reação: Este parâmetro pode ser obtido experimentalmente pela medida de uma solução de reagentes sem a presença da amostra
Sensibilidade e limite de detecção: a sensibilidade analítica refere-se à capacidade de um procedimento analítico em gerar um sinal para uma definida mudança de quantidade e o ângulo de inclinação da curva de calibração. Já o limite de detecção refere-se a menor concentração ou quantidade que um método pode detectar com certeza para um dado procedimento analítico. Os dois termos são relacionados à sensibilidade do método analítico.
Calibração
Para garantir que tenhamos equipamentos de automação em condições perfeitas para uso clínico, precisamos realizar algumas verificações importantes antes de liberação para análise. O processo deve ser calibrado para termos resultados confiáveis, exatos e precisos.
A calibração é a transferência da exatidão de um material calibrador para um método ou sistema analítico. Este valor representa a confiabilidade de estarmos medindo com um instrumento fiel ao valor verdadeiro quando comparado a um padrão de referência.
O intervalo de calibração é o intervalo de tempo ou séries de medidas durante o qual a calibração pode ser considerada estável dentro de limites especificados. A calibração deve ser realizada por recomendação do fabricante do produto ou analisador, na mudança de lotes dos reagentes, nas indicações do controle de qualidade e sempre após manutenções realizadas no analisador.
Controle de Qualidade
A análise diária de controle de qualidade interno ou material de referência, com concentração conhecida, é responsável pelo monitoramento da reprodutibilidade da fase analítica. Mantendo a variabilidade do processo de análise sob controle, identificando dessa forma quaisquer desvios de qualidade do processo e eliminando as causas desses erros, garantindo dessa forma qualidade e confiabilidade de todo o processo de automação empregado.
Um sistema de Controle da Qualidade quando corretamente aplicado, proporciona:
A finalidade do Controle da Qualidade é verificar e manter a precisão, exatidão, confiabilidade e segurança contínua dos métodos utilizados no laboratório de análises.
A figura abaixo mostra as diversas situações encontradas ao avaliar uma metodologia em um laboratório clínico:
Após a obtenção dos resultados, seguindo todos os cuidados mencionados, temos a terceira fase do processo que á a fase pós analítica.
A fase pós-analítica, última etapa dos exames laboratoriais, inclui a verificação das análises realizadas na fase analítica, com o envio dos resultados ao médico para que seja tomada a decisão clínica de cada caso.
Porque automatizar a rotina laboratorial
Os exames de bioquímica constituem o maior percentual dos testes realizados no laboratório de análises clínicas. Por ser a grande rotina dos laboratórios, faz-se necessária a evolução dos sistemas para dosagens bioquímicas.
A definição dos equipamentos a serem utilizados deve estar sempre alinhada ao tipo de automação a ser implementada em cada laboratório.
Alguns parâmetros devem ser observados em um processo de automação laboratorial:
Os principais parâmetros a serem determinados são referentes a:
Também deve ser avaliado na escolha da automação, equipamentos que auxiliam na resolução dos dilemas relativos à amostra. Os equipamentos devem ter a presença de sensores que detectam o nível de líquido, presença de coágulos na amostra, possibilidade de rastrear o volume de amostras, associada à remoção de bolhas no sistema de pipetagem, e ainda permitir a utilização de adaptadores para o uso de tubos de microcoleta, com volumes reduzidos de amostras.
Realizar a implementação da automação laboratorial vem sendo cada vez mais imprescindível para todos os modelos de laboratórios, tanto de pequeno, médio e grande porte. Processos automatizados garantem a melhora do fluxo de trabalho, aumentando os níveis de segurança para os pacientes, minimizando-se os erros na fase analítica, promovendo maior velocidade na produção e aumento da produtividade no setor laboratorial.
A In Vitro Diagnóstica possui uma linha completa de equipamentos de bioquímica para automação laboratorial
InviStar 150 e InviStar 300 mais nova Linha de automação em bioquímica da In Vitro
Analisador de acesso randômico ideal para laboratórios de pequeno e médio porte
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Principais características do analisador InviStar 150
Bandeja de Amostra/ Reagente
Reagentes
– 20 posições para frascos de 30 mL
– 20 posições para frascos de 15 mL
Amostras
• Tubos primários e cubetas
• 40 posições
• 1 posição fixa para água DI
• Leitor de código de barras interno opcional
• Leitor de Código de barras externo opcional
• Pré-diluição e pós-diluição
• Volume mínimo: 2 μl
Estação de Lavagem
Controle de Qualidade
– Reflete com sensibilidade erros sistemáticos e aleatórios.
Metodologias
HumaStar 200 automação em bioquímica da In Vitro
Analisador de acesso randômico ideal para laboratórios de pequeno e médio porte
Características do sistema – Humastar 200
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Características de operação
Reagentes
Gerenciamento de manutenções
HumaStar 600 automações em bioquímica da In Vitro
HumaStar 600 – Uma ferramenta poderosa para uma carga de trabalho grande
Características do sistema – Humastar 600
Rápido – Fácil – Confiável
Pontos Técnicos
Desenvolvido para ser confiável
Altamente econômico
Sistema de Reagentes – Conceito
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Considerações finais
A utilização de equipamentos automatizados em laboratórios de análises clínicas tem como principal ideal a otimização de processos, garantindo a eficiência e qualidade de todos os resultados liberados, aumentando a satisfação e confiabilidade no laboratório. Resultados liberados de formas mais eficientes, claras e com maior número de informações fornecem ao médico uma segurança maior nas tomadas de decisão.
A In Vitro Diagnóstica se preocupa em trazer cada vez mais melhores soluções para a área laboratorial, investindo em novos equipamentos de automação laboratorial com novas tecnologias que são capazes de garantir mais praticidade, rapidez, economia, equipamentos mais eficientes, seguros e com maior qualidade de análises.
Elaborado por: Daniele Dutra – Assessoria Científica
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
MENDES M.E. et al. Gestão por processos no Laboratório Clínico: uma abordagem Prática. São Paulo: EPR Editora, 2007
Campana GA, Oplustil CP. Conceitos de automação na medicina laboratorial: revisão de literatura. J Bras Patol Med Lab. 2011;47(2):119-27.
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML). Automação laboratorial: histórico, seleção, implantação e gestão. Barueri, SP: Manole, 2018
SILVA, A. A. B. Evolução da Automação em Bioquímica. VIII Simpósio de Pesquisa. XII SEMIC – Seminário de Iniciação Científica da UNIFENAS 23 a 25 de outubro de 2013.
Campana GA, Oplustil CP, Faro LB. Medicina Laboratorial • J. Bras. Patol. Med. Lab. 47 (4) • Ago 2011
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