InviNEWS | MICROALBUMINÚRIA

01 Jun

Introdução
A urinálise é um teste laboratorial que fornece importantes informações a respeito do trato urinário e de outros sistemas corporais, é um procedimento muito útil como indicador de saúde ou doença, e com tais características é utilizado há muitos anos como um exame de rotina principalmente por se tratar de um exame simples não invasivo e de baixo custo.

O exame de urina rotina comumente compreende três etapas: o exame físico, o exame químico e a microscopia do sedimento. O exame químico é usualmente realizado com tiras reagentes, objetivando tornar a determinação mais rápida, simples e econômica, já que sua leitura pode ser realizada diretamente por um profissional de saúde. A análise é realizada em urina homogeneizada, sem centrifugação, sem adição de conservantes e testada à temperatura ambiente.

As tiras de reagentes têm se mantido como uma ferramenta de grande utilidade, seja para o exame de urina rotina, seja para o diagnóstico e o acompanhamento de algumas doenças renais ou mesmo sistêmicas. As tiras reagentes são um meio rápido e simples de detectar no mínimo dez análises bioquímicas importantes na urina: proteínas, cetonas, pH, glicose, sangue, leucócitos, densidade, nitrito, bilirrubina e urobilinogênio.

 

O USO DE FITAS REAGENTES URINÁRIAS

As tiras reagentes são plásticos com pequenas áreas de papel absorvente impregnados com substâncias químicas especificas afixadas separadamente. Na presença da amostra ocorre uma reação química que leva a uma mudança na coloração em cada uma das áreas; dessa forma o resultado é visto por meio da comparação entre a coloração produzida na fita e a tabela cromática presente no frasco das tiras. Os resultados são apresentados de modo semiquantitativo através da nomenclatura fornecida na tabela cromática.

O resultado negativo da fita praticamente exclui infecção do trato urinário, sendo possível excluir a necessidade da realização do teste de urocultura. Além disso, auxilia no diagnóstico de doenças como: diabetes, doenças do fígado, doenças hemolíticas, desordens urogenitais, desordens renais e anormalidades metabólicas.

Com grande aceitabilidade no mercado, de análise fácil e rápida e devido alta precisão em seus resultados, as fitas têm sido utilizadas cada vez mais substituindo em alguns casos análise microscópica, por exemplo. 

As tiras reagentes mais encontradas no mercado não possuem sensibilidade suficiente para quantificar a microalbuminúria, estas analisam até 11 parâmetros. A In Vitro possui tiras com características especificas que possibilitam a análise da microalbuminúria, possuindo então a única tira para pesquisa de 13 parâmetros, a Combina 13.

Diferencial Combina 13

Microalbuminúria

O teste se baseia no princípio do erro proteico do indicador, que é causado pela presença de albumina.

Apenas cerca de 10 mg/L de albumina é normalmente excretada na urina; concentrações >30 mg/L indicam estágios iniciais de lesão glomerular ou tubular e risco de progressão para doença renal mais grave, o que se denomina microalbuminúria. A excreção de albumina através da urina é um fator de risco para o desenvolvimento de doença renal progressiva em pacientes diabéticos, sendo necessário acompanhamento para retardar a taxa de progressão ou reverter danos renais.

O teste de microalbuminúria também é utilizado para detecção de excreção de albumina através da urina em pacientes com pré-eclâmpsia, hipertensão e lúpus eritematoso sistêmico. A presença de albuminúria também tem sido relacionada com fatores de risco cardiovascular e marcador precoce de comprometimento da função renal, sua dosagem dentro da rotina habitual torna-se um forte fator preditivo de eventos cardiovasculares para pacientes diabéticos e não diabéticos.

Existem três métodos para rastreamento na detecção de aumentos na excreção urinária de albumina: amostra isolada de urina; em quantidade de urina obtida dentro de um determinado período de tempo (12 horas noturnas ou diurnas); determinação da quantidade de albumina excretada nas 24 horas, para esse método há diversos interferentes que podem levar a resultados elevados, fazendo-se necessário a confirmação em mais de uma amostra. Uma das formas de reduzir variabilidade nos resultados é a correção de albumina pela creatinina, que possui excreção constante. O resultado será expresso como relação albumina – creatinina.

A tira Combina 13, determina os dois parâmetros fornecendo resultados expressos como RAC (Relação Albumina/Creatinina). É possível realizar a leitura da fita através do equipamento automatizado Combilyzer 13 com princípio de leitura colorimetria fotoelétrica, sistema fechado para a Combina 13 e apresenta os resultados de modo quantitativo, com relação albumina – creatinina calculado automaticamente com indicativos de flags para resultados anormais.

Creatinina

A produção de creatinina ocorre em uma velocidade relativamente constante e é quase toda excretada pelos rins. A dosagem na urina é um importante marcador na determinação da capacidade de filtração renal sendo então indicador especifico da função renal. A dosagem da creatinina auxilia na detecção da disfunção renal em fases precoces.

 

Ácido Ascórbico

Outro diferencial detectado na Combina 13 é o ácido ascórbico, uma vitamina hidrossolúvel excretada pela urina que pode causar interferência nos ensaios laboratoriais de glicose, sangue,  bilirrubina e nitrito. Fitas reagentes com esse parâmetro reduz sua interferência diminuindo resultados falsos negativos.

 

Considerações finais

Mesmo a fita reagente sendo um método que reúne características altamente desejáveis para os procedimentos laboratoriais, como robustez e rapidez analítica, facilidade de manuseio, acessibilidade, segurança e baixo custo, alguns cuidados gerais devem ser tomados para garantir a qualidade e confiabilidade dos resultados. Por esse motivo, é importante que as análises sigam uma padronização nos sistemas utilizados garantindo a igualdade da interpretação dos resultados de modo que independa o local e analista.

 

Fontes

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